Muita gente promove treinamento para operador de empilhadeira – nível reciclagem – com algumas poucas horas de atividades e pronto! Acreditam que é o suficiente, pois os participantes já executam as atividades de operação.
A pressa que não se bica com a perfeição
Empresas não querem tirar o pessoal da atividade e, responsáveis, coordenadores, líderes de produção, gestores de logística e pequenos empregadores endossam essa prática alegando que não existe a necessidade de um treinamento mais eficiente e duradouro. Outra atividade, ainda dentro dessa questão, é a de treinamento teórico, muito criticado por grande parte dos contratantes e pelos próprios operadores.
Contudo, sabemos que num treinamento de preparação e capacitação profissional para este tipo de equipamento é imprescindível que o operador obtenha completa habilidade na condução da máquina, dominando aspectos como:
- técnicas de movimentação e armazenamento;
- noções de espaço;
- regras de empilhamento e desempilhamento;
- ponto de equilíbrio da máquina;
- e outra regras mais necessárias para uma operação eficiente e segura.
Experiente ou iniciante. Ninguém escapa!
E no caso de reciclagem a coisa não é muito diferente.
Nós aqui do Instituto ERGON entendemos que, muitas vezes, operadores com larga vivência na área, cometem erros que podem comprometer a operação, causar prejuízos e colocar a vida das pessoas em risco.
Assim, em ambos os casos, nós ministramos – com muita satisfação – aulas teóricas com toda bagagem voltada às questões de segurança e saúde no trabalho, que incluem:
- a observação cautelosa do ambiente de trabalho
- a movimentação correta em terrenos com inclinações, superfícies irregulares, obstáculos ou espaços estreitos, locais com pouca visibilidade, úmidos ou sujos;
- o tipo de material transportado e os respectivos riscos, sobretudo de incêndio e de explosão;
- maneira adequada de elevar ou baixar cada tipo de carga;
- além da responsabilidade de o operador evitar dirigir a máquina quando estiver doente ou quando tenha consumido medicamentos ou drogas com efeitos alucinógenos.
Isto serve para participantes em formação e em reciclagem.
Colocando a teoria em prática
Depois de muita discussão, debates entre alunos e orientador, exemplos explanados, dúvidas sanadas, enfim, chegará o momento tão esperado no treinamento: o encontro prático com a máquina, a hora da verdade!
A partir de agora, os alunos aprenderão na prática a conduzir o equipamento.
Com a mão na massa, atuando num equipamento similar ao que utilizarão quando forem operadores profissionais em exercício, os alunos são submetidos a tarefas próprias da rotina que pretendem assumir, como:
- identificar cada parte do equipamento;
- promover seu completo funcionamento;
- reconhecer e corrigir possíveis defeitos;
- desenvolver a verificação diária com checklist.
E, durante essas atividades, sempre que um participante estiver praticando, os demais analisam, registram o aprendizado e interagem em debates. Então, o instrutor observará o potencial e o conhecimento adquirido por cada um, promovendo um aproveitamento dirigido com a didática pedagógica adequada para o nível de cada participantes.
Saber compartilhado.
Tanto no curso de formação como – principalmente – no treinamento de reciclagem haverá aluno com alguma experiência previamente adquirida.
E, para nós do Instituto Ergon, essa vivência tem valor e será agregada ao debate e desenvolvimento das turmas, por meio de estudo de casos, para enriquecer o conteúdo do curso e aprofundar ainda mais o conhecimento.
Portanto, destacamos que não é nada recomendável que um treinamento dessa envergadura seja realizado de qualquer modo, privilegiando a economia de tempo, manipulando a carga horária, sob a alegação de alcançar o mais barato.
Certamente, com um treinamento eficiente e bem elaborado, sob a condução de pessoal competente, sem jeitinhos e nem gambiarras, resultará em ganhos para todos.
Por Adonai Ribeiro