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Um breve relato sobre a história das empilhadeiras

Em meados do século 19 até o início do século 20, a evolução dos acontecimentos e a modernização de produção e estoque contribuíram para o surgimento das modernas empilhadeiras que conhecemos hoje.

Em 1906 a Pennsylvania Railroad introduziu caminhões de plataformas alimentados por baterias que deslocavam bagagens na estação de trens em Altoona, Pensilvânia.

Na primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) notou-se o desenvolvimento de diferentes tipos de equipamentos para movimentação de grandes volumes principalmente no Reino Unido, por Ransomes, Sims & Jefferies Limited.

Esse desenvolvimento de novos equipamentos foi, em parte, devido à escassez de trabalho provocada pela guerra. E, como muitas outras invenções, a empilhadeira nasceu por necessidade.

Em 1917, a Clark Equipament Company, fabricantes de eixos, criou um veículo de transporte interno que foi batizado com o nome de  Tructractor, com a finalidade de movimentar materiais na sua fábrica.

Pessoas que visitavam a fábrica viram o Tructractor  trabalhando e fizeram pedidos à Clark para construir esses inusitados veículos de transporte para suas empresas. Poucos anos depois, alguns desses veículos receberam elevadores hidráulicos motorizados para dar-lhes o poder de elevação.

Em 1923, a Yale foi a primeira empresa a utilizar garfos que levantaram cargas fora do chão e uma torre de elevação que poderia estender para além da altura do caminhão. O caminhão Yale é considerado a primeira empilhadeira.

Para aumentar a produção, as empilhadeiras receberam algumas melhorias, incluindo a introdução do pallet, padronizado em 1930.

Após a Segunda Guerra Mundial, o uso e o desenvolvimento da empilhadeira se expandiu para todo o mundo e, com o aumento do uso de empilhadeiras, aumentou consideravelmente a quantidade de horas trabalhadas. 

Na década de 1950 os armazéns foram verticalizados e foram projetadas empilhadeiras com capacidade de elevação de cargas até 15 metros, uma proeza para a época. Com o aumento da elevação, medidas de segurança foram aplicadas à empilhadeira, incluindo uma gaiola de proteção para os condutores para evitar queda de materiais, e o protetor de carga para melhor apoio da mercadoria.

Na década de 1980 intensificou-se a introdução de mais medidas de segurança e o desenvolvimento tecnológico visando o equilíbrio frontal e lateral da empilhadeira.

 

A tecnologia às empilhadeiras

A modernidade e a tecnologia também chegaram às empilhadeiras, embora existam ainda em funcionamento, muitas máquinas antigas e, dependendo de uma boa manutenção, em pleno funcionamento. Historicamente, há muito já se foram as máquinas – motorizadas – de concepção simples, para os dias de hoje, utilizadas nas primeiras décadas do século passado, quando o conceito era de transportar materiais de um ponto ao outro, sem qualquer novidade.

Hoje, existem equipamentos modernos, eficientes, dotados de tecnologia sofisticada, apresentados numa série de características diferentes. Quando nos referimos a essas características diferentes, estamos falando de inúmeros tipos de máquinas, disponibilizadas com acessórios diferenciados, a exemplo de cabines com ar condicionado, de recursos de segurança, subdivididas em grande quantidade de modelos e submodelos.

Estas máquinas se distinguem por contemplarem operações com diversas capacidades de peso, variadas alturas de elevação, utilizando diferentes fontes de energia, sustentação por diferentes pneus, e ainda, classificadas em diversos portes, que vão, desde pequenos equipamentos manuais a grandes máquinas em operação nas áreas portuárias.

Outra condição de destaque é a preocupação com as condições ergonômicas para que os equipamentos possam oferecer melhores condições de conforto e segurança nas operações.

 

Dicas importantes:

  • Lembre-se sempre do CHECKLIST diário, antes de qualquer operação.
  • Verifique (informe-se sobre) os riscos do ambiente de trabalho nas áreas de operação.
  • Utilize igualmente o cinto de segurança.
  • Nunca transporte nem eleve pessoas sobre os garfos ou em outro lugar da empilhadeira.
  • Jamais mantenha o equipamento desligado/estacionado com os garfos elevados, nem com a torre avançada.
  • Nunca execute manobras bruscas com a carga ou gire a empilhadeira em alta velocidade.
  • Respeite sempre os informes localizados nos adesivos de alerta fixados no equipamento.
  • Não ultrapasse a capacidade de carga máxima indicada na plaqueta de capacidade residual.
  • Nunca eleve cargas somente com as extremidades dos garfos.
  • Garanta que se tenha avançado os garfos por baixo dos paletes até que o dorso dos garfos encoste nos paletes.
  • Nunca se mova ou execute manobras em alta velocidade quando a carga estiver elevada.
  • Nunca desconecte a tomada de bateria com a empilhadeira em movimento.
  • Não utilize o equipamento durante a recarga da bateria.
  • Não interrompa a carga da bateria para uso do equipamento.
  • Cuidados especiais quando os pisos não planos, nivelados e isentos de buracos.
  • Somente movimente e eleve cargas paletizadas, uniformemente distribuídas no palete, com os garfos sempre centrados.
  • Evite trafegar com a carga acima de 500 mm do piso.
  • Não permita que alguém passe ou fique embaixo dos garfos.
  • Não deixe seu equipamento na chuva e nunca faça limpeza com jato d’água.
  • Utilize os pontos identificados pelas etiquetas para transporte e içamento da empilhadeira.
  • Proteja, não danifique e não remova as etiquetas de alerta.
  • Em rampas, a inclinação do equipamento deverá ser de, no máximo, de 10% com carga e 15% sem carga. Na dúvida consulte o responsável pelo setor.
  • O pavimento (revestimento do piso) influencia diretamente a distância a ser percorrida ao se frear o equipamento.
  • O piso onde o equipamento deverá ser utilizado deve ter capacidade de sustentação.
  • Não opere o equipamento em ambiente com risco de explosão e incêndio.
  • Não opere o equipamento em ambiente com alta concentração de poeira.
  • Todas as pessoas que se encontram na proximidade da máquina devem receber informações acerca dos riscos que podem surgir com a utilização da mesma.
  • Pessoas não habilitadas não podem conduzir o equipamento.
  • O operador deve usar EPI (roupas, calçados, capacete, óculos e luvas de proteção) adequado às condições de trabalho específicas.
  • O operador deve usar calçado resistente para assegurar uma condução e travagem seguras.

 

Cuidados adicionais:

  • Pense na responsabilidade e não dirija quando estiver doente, ou que tenha consumido medicamentos ou drogas com efeitos alucinógenos.
  • Evite colisões que podem causar ruptura de tubagens e recipientes perigosos.
  • Atenção na condução em terrenos com inclinações, superfícies macias ou irregulares.
  • Muita cautela ao conduzir o equipamento em locais com pouca visibilidade.
  • Cuidados com quedas, devido a umidade, sujidade, etc, quando subir na máquina.
  • Cuidados especiais em locais com riscos de incêndio e de explosão.

Fonte: Brito Junior, Irineu de; Spejorim, Washington. Gestão estratégica de Armazenagem. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2012. 320p.

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