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À Mulher Amor (homenagem à mulher trabalhadora)

Oito de março, dia marcado pelo sacrifício, é verdade.

Quando cento e trinta mulheres lutadoras, humildes tecelãs,

muitas cansadas, doentes, filhas, mães e irmãs,

perderam suas vidas, assassinadas. Estrema crueldade…


Queriam apenas trabalhar, com merecida dignidade,

conduziam uma luta pensando no amanhã…

com um objetivo sólido, gravado como um talismã,

unidas contra o sofrimento e a mordaça. Mesquinha realidade!


Não queriam o conflito, um clamor, por si só ou por nada,

somente dar um fim a um trabalho escravo, medieval.

Mas, seus gritos se calaram meio às chamas do terror…


Queimadas! Como se quisessem calar a história maculada,

de um sistema medíocre, desumano, voraz e infernal,

mas, floriram – na verdade – o dia da coragem, da Mulher Amor.

Adonai Ribeiro

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