Homenagem ao homem do campo. Escrito em 1999 por Adonai Ribeiro para a Revista em quadrinhos e versos “Saúde do Trabalhador Rural”, da Força Sindical / Fundacentro.
O cantar puro e o som da doce viola
ecoando distante, na noite enluarada,
louvando o sertão, a nossa aurora,
O luar mais brilhante, a luz na invernada …
A voz do homem do campo … ela canta
sua raça, sua gente, seu valor e brio.
Dignidade que constrói e até encanta,
Desse povo decente, irreverente e gentil.
Canta a história, e toda a sabedoria,
o orgulho, a tradição e o respeito.
A doce saudade, a tristeza e a alegria …
A emoção … bravura que traz no peito.
Canta a família, o carinho e o amor
do sertanejo, canta ainda a devoção.
Povo humilde, de respeito e de valor …
Ama a terra, seu trabalho e a Nação!
Canta sua luta, seu suor, o sacrifício,
canta a vida, que jamais será em vão.
Transforma em poema a roça, seu ofício.
Na viola chora a dor que aperta o coração …
Deposita esperança no solo tão sagrado,
regando com seu suor a pequena semente.
E faz dessa sorte o seu maior agrado,
valor eterno desse povo, brava gente!